As memórias que me transportam a ti, estão guardadas em rascunhos que não ouso transpor para palavras
porque este Domingo se fez de ausência
"Perdemos outra vez este crepúsculo. Ninguém nos viu esta tarde de mãos dadas enquanto a noite azul caía sobre o mundo. Vi da minha janela a festa do poente nos morros distantes. Às vezes como uma moeda se acendia um pedaço de sol entre minhas mãos. Eu te recordava com a alma encolhida por essa tristeza que tu me conheces. Então onde estavas? Entre qual gente? Dizendo que palavras? Porque é que o amor me vem assim de golpe quando me sinto triste, e te sinto distante? Caiu o livro que sempre se toma no crepúsculo, e como um cão ferido tombou a meus pés minha capa. Sempre, sempre te afastas pelas tardes para onde o crepúsculo corre apagando estátuas." (De Veinte poemas de amor y una canción desesperada) Pablo Neruda
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