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A mostrar mensagens de julho, 2007

"E era uma coisa do amor, isto tudo. São tão estranhas as coisas do amor que não se compreendem por inteiro."

Quando é que isto vai acabar? Isto, o quê? Isto. O amor? Sim, pode ser, o nosso amor. Quando vai acabar o nosso amor? ...Vai acabar quando não estivermos à espera que acabe, sem mesmo se fazer notar.... .....Não vale a pena pensar no princípio nem no fim. Não existem sequer. O amor não tem tempo, vive sem nós. Nós é que vivemos no amor durante um tempo, num movimento de amor. Mas o amor, esse vai continuar, não tem maneira de acabar... transcrição de " O passo da Floresta" de E. Jünger

estórias de verão

deitado no colchão fitava o tecto. Sabia que era a última vez que o via daquela perspectiva, e absorvia todos os detalhes, as constelações de estrelas que ela ali havia colocado, as marcas de quando faziam amor que ficaram impressas no estuque, e o detalhe quase invisível de uma inscrição que ela havia escrito a vermelho e que dizia "love is all you need"...não pode evitar um sentimento de nostálgia e de perda, pois sabia que eram momentos que agora faziam parte das memórias, e que não voltariam a repetir-se. Agora quando os dois corpos se juntavam, o que acontecia raramente, já não era para fazerem amor, mas sim sexo, como ela tão claramente gostava de frisar. Sentiu um frio a percorrer o corpo, como se de repente tivesse consciência que se estava a despedir de algo que já era passado, e que só para ele ainda fazia sentido. Sabia que teria saudades dos momentos ali vividos, numa altura em que o futuro parecia aberto a todas as possibilidades. Agora já não. Ela advinhando os

Independência já!!!

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Não sou jurista nem tenho por hábito ter a constituição da républica como leitura predilecta, mas do pouco que sei, e sobretudo baseado no senso comum, sinto-me mais uma vez insultado, com a negação do Sr.João Jardim em aplicar a lei sobre a " interrupção voluntária da gravidez" enquadrada nos termos em que foi referendada e legislada recentemente. Como o referido senhor pretende ter uma região que não obedece às mesmas leis pelas quais nos regemos na Républica Portuguêsa, sugiro a independência total e incondicional da região da Madeira. Acaba-se de uma vez por todas com as palhaçadas desta personagem, para a qual já não há pachorra nenhuma! Dassssssssssssssssss

partir

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Hoje pensei em partir. partir para longe, para um sítio onde nunca tenha estado, onde não conheça ninguém e talvez nem entenda o idioma local. partir sem dizer nada. assim. fazer e mala e partir, deixando para trás tudo. sem me despedir de ninguém, sem avisar no trabalho, sem levar o telemóvel. Começar de novo, como se antes nada houvera, como se fosse um homem sem passado. como se a vida tivesse um novo início. Ocorreu-me depois que onde quer que fosse, levar-me-ia comigo... de nada adianta partir , pois no fim encontramo-nos sempre com nós próprios... foto by C de M

O colega, os ratos e os gatos

Um dos meus colegas vai a Angola fazer a montagem de um sistema "state of the art" que vendi. Hoje confessou-me preocupado que consta que o hotel onde o cliente reservou a estadia, tem ratos. Após um telefonema a um amigo que tinha estado no referido hotel recentemente, sorri e disse-lhe não te preocupes...o meu amigo viu dois gatos lá da ultima vez.

Amanhã

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A vida não me larga o mundo não me foge a estrada é grande e larga e eu levo o albornoz caminho à luz do dia por campos e montanhas e bebo a água fria e a sede não me apanha e o céu ali é lindo azul, e não resisto ao céu ao céu profundo distante e não resisto caminho à lua nova caminho à lua cheia caminho à lua nova e a sede não me apanha e o céu ali é lindo azul, e eu não resisto ao céu, ao céu profundo distante, e eu insisto Amanhã Amanhã Amanhã Amanhã Lyrics By Pedro Ayres Magalhães Foto by C de M

hoje é Sabado

hoje é Sábado, acabo de chegar a casa depois de um dia de trabalho que só terminou Às 11 da noite...o frigorífico está vazio. Apetecia-me falar com alguém, mas pensando bem não tenho com quem o fazer. A pessoa com quem costumava partilhar os pequenos e grandes detalhes do dia a dia, sumiu optando por se manter no silêncio. Eu não sou pessoa para quebrar silêncios, e só me resta esta folha em branco para me fazer companhia. Não. não é um lamento. simplesmente uma constatação. uma constatação que algo está errado na minha vida, quando todas as minhas energias são dispendidas com o trabalho, e que chego a casa às 11 e meia da noite e me espera o silêncio. Não é isto que quero para a minha vida. tem que haver algo mais, outro tipo de compensações, uma mão amiga que me afaga o cabelo quando chego cansado e sem forças para mais.uma voz amiga que me reconforta só de ouvir o seu timbre. um olhar meigo que me diz, descansa agora estás comigo e nada te acontecerá. É isto que me faz falta por est
...Original é o poeta que chegar ao despudor de escrever todos os dias como se fizesse amor. Esse que despe a poesia como se fosse uma mulher e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer. Ary dos Santos
faço parte daquele conjunto de pessoas a quem a natureza se esqueceu de equipar com dois interruptores que tanta falta fazem. Eu explico. Ambos os botões em questão cumprem funções elementares e básicas que até um simples rádio comprado na praça de espanha traz de série. On/off. O primeiro dos ditos teria a função de me permitir desligar o pensamento, quando este possuido de vida ( e vontade ) própria persiste em fazer horas extraordinárias, e trabalha ininterruptamente pela noite fora, não me permitindo gozar de um merecido descanso nocturno. Por mais que tente, não o consigo convencer a cessar actividade pelo menos durante as horas em que todos os outros se recolhem. É em vão que ameaço recorrer a sonoríferos, na tentativa falhada de o intimidar, obrigando-o ao recolher nocturno. É aqui que um simples switch me permitiria subordiná-lo à minha vontade! click!!! e já estava. O outro botão, que cumpre funções idênticas, serviria para desligar as emoções. Estas em conluio com o meliante

This summer is a good summer

o verão pode continuar com este tempo atípico...poupa-nos aos já habituais incêndios que anos após ano devastam a mata nacional!
como se apaga o fogo, quando se arde por dentro?