notas soltas

Não há lágrimas. Secaram no passado, mas a escuridão ainda lá está.

 As lágrimas vestidas de escuridão regressaram.

A solidão é simultaneamente a minha maior fraqueza e força.

Vejo   hostilidade nos teus olhos Ouço fúria nas tuas palavras Sinto a tua indiferença Lentamente Matas me . C de M

Ao voltar aquele espaço onde vivera tantos anos, um turbilhão de emoções instalou-se. Foi um vislumbre do passado que ensombrou um dia de sol, relembrando-o que o presente afinal, era a mera constatação que o passado o vencera, e   aquele sentimento de dor, apenas estivera adormecido. Os sonhos capitulam ali, como o soldado que durante a batalha contempla a morte, e sabe que nada mais o espera,   senão o vazio. C de M

De repente o tempo parou. Eram 15h e 37 minutos de uma sexta feira. O meu coração deixou de bater por uns segundos, enquanto lia a mensagem. Não foi o tempo que parou, foi o Mundo. Enquanto lia as tuas palavras, o meu mundo desparecia sob os pés. Umas palavras...foram quanto bastaram, para desfazer os sonhos. De repente tudo mudara. Há dias, pareciamos ter reencontrado a paz, e o carinho de outrora parecia voltar ao nosso mundo. Agora, tudo se perdera. Recordo-me do velho ditado chinês “Há três coisas que não voltam atrás: A flecha lançada. A palavra pronunciada e a oportunidade perdida ..." Caira ao som da palavra. Um momento de raiva, de frustração, de acumular de perdas que vinha a sentir e eis que a palavra é lançada. Atingiu-te como o murro que não te dera. Pouco importa, o efeito foi o mesmo. Também tu me havias atingido com palavras que pareciam murros. Apenas nunca o havias verbalizado. Como fora possível? As explicações agora já não te importa

" A política é a arte do possível " Aristóteles