apeadeiro procura-se

Embarquei nesta viagem de emoções contigo
tu... saiste no primeiro apeadeiro
Eu... continuei nesta vertigem de emoções
passageiro de um comboio sem rumo
já vai longa a viagem
e não encontro o fim
Quero sair e não consigo
como que agarrado à falsa ilusão
que também tu continuas
nesta composição sem fim

Comentários

Anónimo disse…
Viagem,como é óbvio,não significa viajar com quem nos apetece e é evidente também que nunca o podemos fazer com quem queremos. Tentar "viajar" assim é o que muitos idolatram como ideal...mas é basicamente uma fraqueza, que consiste em entender a vida de acordo com os nossos desejos. Essa imcompreensão, infelizmente,tem produzido muito sofrimento em nós e nos outros. Viajar, amigo, è uma questão muito complexa,não é estar com quem queremos nem fugir a essa ausencia. Não consiste em ir a qualquer lugar...viajar existe por si mesmo. Que maior viagem podes fazer, senão aquela do autoconhecimento? Onde estão os outros nisso tudo...? um abraço S.
C de M disse…
A vida é entendida de acordo com os nossos desejos amigo sanvean, é algo ao qual não conseguimos escapar, e sim, muitas vezes conduz-nos ao sofrimento, sofrimento por não os concretizarmos. não me refiro a desejos mundanos, mas a desejos de ordem mais profunda, aqueles que são o motor da nossa vida, e que nos fazem continuar dia a dia na perspectiva de um dia os alcançar.
Quem de entre nós ( exceptuando as pessoas que conseguem realmente interpretar uma determinada corrente religiosa, que apregoa a abolição dos desejos como via para alcançar o supremo) poderá realmente dizer que não se subordina aos mesmos? eu não... e sim, concordo que é uma via de sofrimento, quando constatamos que não basta querer algo, e que muitas vezes o objecto do desejo, não está ao nosso alcance ( e aqui novamente não me refiro a meros objectos). Quanto á viagem do autoconhecimento, tem sido uma constante ao longo dos ultimos anos, nem sempre de forma pacífica, aliás raramente pacífica.
A dificuldade está em admitir que a viagem talvez não tenha fim, pois não basta querer, é preciso ter engenho.
Não queria deixar de pedir descupa por esta ausência, motivada por uma carga de trabalho acentuada, uma viagem para fora do país e a pouca energia que tenho encontrado para deixar notas soltas por aqui.
A ti, amigo "invisível" o meu obrigado pela assiduidade, e sobretudo pela ajuda com as questões que colocas. bem hajas Amigo!
Anónimo disse…
Venho só dizer-te, que não precisas de agradecer qualquer assiduidade ou comentário da minha parte.:)Somos como dois amigos, que conversam e investigam juntos, os mesmos assuntos e os mesmos problemas, pois eles são comuns a todos nós. um abraço S.

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