Atom and cell

DRAWING BY C DE M


é noite. sentado no sofá branco fumo uma cigarilha indiana, enquanto David Sylvian me acompanha neste momento de reflexão solitária. Poucos músicos/poetas tem a capacidade
de me tocar como ele o faz, penetrando de forma doce nos átomos e celulas do meu corpo e
mente. Sei-te longe... impossibilitada de voltar a casa, e isso acentua o sentimento de solidão
que me assola. Decido comer um "mon-chérie", questão de tentar adoçar o momento que resvala para a melancolia. Ocorre-me que tantas vezes o que procuramos não se encontra em horizontes longínquos, mas sim no centro dos nossos átomos. Que a busca incessante do elemento perdido está condenada a provocar um amargo de boca, que nem a caixa inteira dos
chocolates adoçará...
Desligo por momentos os pensamentos ( como se fora possível) e tento concentrar-me de novo
no David Sylvian...
é noite

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