Passagem para a outra margem


Que marcas ficam á minha passagem?
vestigios na areia que o tempo
se encarregará de apagar...
foto by C de M

Comentários

Anónimo disse…
Existirá esse tempo que todos falamos, ou não será ele apenas uma ilusória conveniência da nossa mente? Que é o tempo? Passado, futuro... tempo de crescer, de morrer, de ir e vir? Não estamos sempre no presente, não é esse instante...eterno? De que tempo fálas, amigo? Que marcas ficam de ti? Eu digo-te que todas ficam... :)
C de M disse…
o tempo que marca as nossas acções.
tens razão numa coisa, todas ficam na medida em que influencias o presente com as mesmas. mas eu referia-me ao que de palpável fica...
neste instante gostaria de encontrar o mecanismo que me poupasse ao sabor amargo do presente, mas isso meu amigo é outra (longa) "estória"
Um abraço Amigo :)
Anónimo disse…
Meu amigo,porque resistes a esse "sabor amargo" do presente?Não sabes que isso gera medo? Poderás sair dele, sem ser através dele?Porque pensas tanto em termos de passado e futuro? A memória e o amanhã condicionam a experiência, e nesse movimento, a experiencia, fortalece a memória e o amanhã...jamais os supera!:) Não gosto de "mecanismos",porque são produtos da imitação, mas se queres encontrar um, tens de perguntar a ti mesmo se aquilo que buscas como ideal para ti,se revela de autenticidade interior , ou constitui uma fuga, uma outra segurança... e observar bem a tua memória,não para esquecê-la (tal não é possivel) mas para acabares com o conflito de uma eventual contradicção interior. Deves fazê-lo, pois digo-te que,talvez,o teu "amargo" presente seja uma tentativa de manter ainda esse passado velho, com roupas novas, frases novas, crenças novas..
É mesmo assim, e essa armadilha é necessária.Também eu muitas vezes me iludi da mesma forma...:)

Como estamos presos no passado! Não,não estamos presos no passado... nós somos o passado. E que sombra complicada é esse passado.E repara,como o amanhã é a continuidade desse passado... e como nós assim ficamos, como um animal ansioso preso a um pau, que apenas se move um pouco,sem conseguir escapar da sua própria sombra! Pensa nisto. Um abraço. S.
C de M disse…
sintetizas bem ao dizeres que o amargo presente é uma tentativa de manter o passado. Está tudo dito...

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