A busca da felicidade

Vai ter lugar de 31 de Maio a 2 de Junho na Culturgest o Ciclo " A busca da felicidade"com a
participação de vários especialistas de diversas áreas sociais. O ciclo terá especial incidencia
nos seguintes tópicos, e contará com a presença entre outros de Daniel Gilbert , autor do
livro "Stumbling on Happiness ", que dá uma excelente entrevista no jornal Público de 26.05,
e que afirma que as pessoas (sic) são muito mais felizes quando são mais velhas, deixando-me mais optimista agora que estou prestes a entrar nos "entas"!
Infelizmente, o referido ciclo não conta com a presença de alguns filósofos orientais cuja
perspectiva seria interessante para fazer o contraponto á abordagem de tão complexo tema,
e aqui teria particular interesse em ouvir o Osho.

  • o que sabemos hoje, do ponto de vista científico, sobre a «felicidade» e como podemos olhar para ela à luz da história da ideia de felicidade como ela existiu no passado

  • como é que esse conhecimento cientifico se tem desenvolvido na perspectiva de compreender não só porque é que alguns indivíduos são mais «felizes» que outros, mas também porque é que há países mais «felizes» do que outros

  • que impactos é que os conhecimentos adquiridos pela ciência estão a ter nas empresas e nas organizações em geral na perspectiva de uma estimulação das «emoções positivas»

  • de que forma o pensamento económico está a integrar este conhecimento sobre o papel dos «estados afectivos» nos seus modelos tradicionais

  • que reflexos encontramos nas novas práticas sociais e culturais contemporâneas.

Comentários

Anónimo disse…
Será sem dúvida, um ciclo de conferências comovente. No ocidente a "busca" da felicidade é um conceito muito pesado, sempre condenado a naufragar. A felicidade é procurada ao mesmo tempo que se insiste no dogma de que o Homem é mau, e que a sociedade é que o torna bom...as soluções do problema estão invertidas. No fim, todos irão, uma vez mais, aplaudir os seus próprios vicios e condicionamentos como se tivessem encontrado o sopro profético.
C de M disse…
a tua análise é sem dúvida interessante, e lá está o tal contraponto que referia estar ausente, citando a falta de um pensador com o Osho neste ciclo.
Tenho a certeza que os debates seriam vivos entre ele e os outros interlocutores. O que dizes vai ao encontro da substância da filosofia de Osho, que "acusa" o modelo social/religioso/ vigente de responsável pela opressão do individuo, enquanto castrador das suas liberdades e responsabilidades. Ele diria que o homem é na essência bom e que a sociedade o torna mau.
Aqui tinhamos assunto que dava pano para mangas!
Não obsta que tenha muita pena de não poder estar presente no referido ciclo de conferências, pois interessa-me entre outras a perspectiva da área cientifica no tema. Existem pessoas mais predispostas a serem felizes? é uma questão genética? até que ponto a soma das nossas vivências/educaçao nos predispõe ou inibe?
Anónimo disse…
Não lamentemos essa ausência. Eu, que comunico contigo do alentejo, não virei a Lisboa para esse efeito...temos pouco tempo e ele deve ser bem aproveitado,certo? :)
Nada de novo surgirá desse ciclo de conferências, apenas grande pompa e fanfarra, como é apanágio daqueles que "buscam" a felicidade, e que normalmente se julgam de certa forma "superiores" e cheios de luzes e incenso! :)))
Deixando a ironia de lado, disse que estas conferências estavam condenadas por uma constatação muito simples.Vai falhar, não por ausência das perspectivas do Osho, do sufismo ou outra voz exótica qualquer, mas por uma inflexibilidade congénita da nossa cultura em ser abrangente, inclusiva de outros pontos de vista e crenças. Trata-se de um Ciclo "europocêntrico", no sentido absoluto da palavra. :)O ocidente educa as pessoas não para compreender a vida como um todo, mas para desempenharem papéis particulares nesta totalidade de existir.O filósofo pensa como tal, o cientista, o sociologo, o politico...etc- todos, consoante as suas especificidades, se encerram em circulos, e dai falam da sua verdade.E todos são eloquentes do seu ponto de vista, mas a sintese nunca é feita...porque cada um disserta da sua tendencia particular, das suas idiossincrasias, e segundo o angulo do seu conhecimento. No fim ninguém se entende...quando na verdade, a vida, a felicidade, são assuntos sérios. Que papel vamos ter nesta vida? que fazer dela? Que significa "ser" humano...tem hoje sentido por as coisas nestes temos? São estes senhores conscientes, destas questões? desejarão mudar? Falam eles da sua experiencias pessoais de "felicidade" ou apenas de devaneios do intelecto que nunca aplicaram nas suas próprias vidas?
definitivamente, vou ficar no alentejo... :) S.

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