hummmm....a insatisfação faz parte da nossa essência enquanto seres, creio mesmo que seja endémico ( quiçá não seria um ponto de partida interessante, para o tal ciclo que falávamos no post anterior). O que escrevi vem na perspectiva da busca do outro, enquanto complementariedade, esquecendo-nos(me) de que tudo começa e acaba em nós. Pode parecer uma análise egoísta, mas acredito ser a via para uma espécie de "auto-suficiência emocional" libertadora. E sim, concordo com o que dizes ;)
Anónimo disse…
Compreendo e concordo no substancial com o que disséste. Mas porque relacionás-te insatisfação com essência? Onde começa uma e acaba a outra? Serão duas coisas? :) Há que compreender os processos de insatisfação e não torná-los, ou se preferires, senti-los como endémicos.Olha, andamos por todo o lado, e nunca precisámos de sair daqui, porque a "libertação" está nisto tudo. Exteriormente, embora cada rosto e acções possam ser diferentes, por dentro,as mágoas, alegrias e felicidades são as mesmas. Não há portanto, nada a buscar no outro(s).Repara, por todo o lado a mesma confusão, as mesmas esperanças...corremos ás apalpadelas, a perguntar, a idealizar, em busca...Todos queremos ser o que não somos, mas isso é apenas uma idéia, sem realidade.E o que somos é meramente o oposto do que idealizámos ser, sempre comparativamente, com mil palavras de filósofos, gurus e amantes. Deveriamos, urgentemente, compreender o que somos, e não perder tempo a fugir disso mesmo. :) Porque acreditas em vias libertadoras? Ou somos livres, ou não somos...podemos ser mais ou menos livres? isso tem fim, por intermédio de um ideal, religião ou pessoa? :)
Desculpa o comentário ser tão longo,ele não constitui uma crítica, apenas achei oportuno por-te estas questôes. fica bem, Amigo. S.
relaciono a insatisfação com essência porque a insatisfação é o combustível que nos faz avançar na procura de algo,na tal procura do paradigma da felicidade, que é na essência o que move o ser humano. Digo que é endémico, porque são por demais fugazes os momentos em que te diria, ok vamos congelar este momento,poderia viver para todo o sempre neste "instante"...daí haver uma procura perpétua desse estado de alma. Dizes e bem que há que compreender os processos de insatisfação,e não dúvido que seja o primeiro passo para como dizes, urgentemente nos compreendermos a nós próprios! hierarquizar, subtraíndo ou esvaziando da sua própria essência a "dita insatisfação". Ainda estou em fase de profunda aprendizagem, e sinto que tenho ainda um longo caminho a percorrer. Dizes e bem, que nos milhares de rostos que cruzamos se espelham as mesmas dúvidas. A conclusão de que não é em outro ser que se encontra a nossa fonte de "felicidade", foi na essência o que motivou a escrita do post, pois sei por demais que o vazio que a minha alma sente, não poderá ser preenchido por outrém, daí a referência á via da auto-suficiência emocional, que surge como libertadora na medida em que se admite perante si próprio que as respostas se encerram dentro de nós. Surge como libertadora na medida em que passare(i)mos a viver em função de nós próprios, aceitando com naturalidade a solidão. Bem hajas amigo
Anónimo disse…
Congratulo-me com a tua resposta, Amigo. Normalmente quando comunicamos-sobretudo através destes blogs- procuramos uma solução para os nossos problemas e não a compreensão desses problemas. Fico satisfeito por entender que as tuas palavras não são uma fuga, nem escondem nenhum automisticismo endémico.:))) Com efeito,temos de compreender os processos da nossa mente,e essa é uma tarefa solitária,nossa, e não isenta de sofrimento. Todos te são inúteis nessa descoberta. Ninguém salva ninguém neste caminho. Não há Budas, Oshos, nem "Messias" que possam fazer isso por nós! E nada mesmo poderão fazer se os virmos como salvadores. Observa em redor, estamos cercados de influências por todos os lados, e somos subtilmente influenciados. Quando abrimos um jornal, lemos um livro, observamos uma pessoa ou olhamos uma televisão, conscientemente ou inconscientemente estamos a ser influenciados e emitimos juizos conforme as nossas tendências e motivações secretas.É sempre assim, queiramos ou não. A nossa educação e visão é essencialmente uma série de influências e valores induzidos, e, com esses condicionamentos, nunca poderemos ver a realidade como realidade...a essência como essência. :) Naturalmente, temos de começar pelo que está perto e ter primeiro esse dominio.Então podemos ir mais longe sem ilusões... Assim,o que te quiz dizer muito sumariamente, e só para terminar, é que devemos começar por compreender a influência,porque dela advêm em reacção, alguns estados peculiares, um dos quais é a insatisfação. A influência é o problema, mas a maioria de nós continua a procurar soluções nas suas consequencias.:)
Bem,com o tempo teremos certamente mais oportunidade de falar sobre estes assuntos. :) Fica bem S.
eu serei o meu salvador. a seu tempo. e isso passa como referes por ter consciência que os "problemas" só existem enquanto tal, quando vistos sob o prisma da nossa realidade, que é construida sob o prisma das tais influências que sofremos quotidianamente. a capacidade de dissociá-los de nós próprios, é o primeiro passo para os resolver, esvaziando-os do excesso de importância que lhes atribuimos. Um abraço Amigo :)
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Comentários
acredito ser a via para uma espécie de "auto-suficiência emocional" libertadora. E sim, concordo com o que dizes ;)
Desculpa o comentário ser tão longo,ele não constitui uma crítica, apenas achei oportuno por-te estas questôes. fica bem, Amigo. S.
Dizes e bem que há que compreender os processos de insatisfação,e não dúvido que seja o primeiro passo para como dizes, urgentemente nos compreendermos a nós próprios! hierarquizar, subtraíndo ou esvaziando da sua própria essência a "dita insatisfação". Ainda estou em fase de profunda aprendizagem, e sinto que tenho ainda um longo caminho a percorrer.
Dizes e bem, que nos milhares de rostos que cruzamos se espelham as mesmas dúvidas.
A conclusão de que não é em outro ser que se encontra a nossa fonte de "felicidade", foi na essência o que motivou a escrita do post, pois sei por demais que o vazio que a minha alma sente, não poderá ser preenchido por outrém, daí a referência á via da auto-suficiência emocional, que surge como libertadora na medida em que se admite perante si próprio que as respostas se encerram dentro de nós. Surge como libertadora na medida em que passare(i)mos a viver em função de nós próprios, aceitando com naturalidade a solidão.
Bem hajas amigo
Bem,com o tempo teremos certamente mais oportunidade de falar sobre estes assuntos. :) Fica bem S.
Um abraço Amigo :)